quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Vinte e nove de agosto

- De qualquer forma, vou deixar por aqui os meus sonhos -
disse a menina branca sentada no chão,
cançada de compôr a mesma canção
foi dançar com o vento e não voltou.
Sofreu por amor, chorou
guardou-o dentro de uma caixa escura com furinhos
que pulsava baixo e roncava
expelindo saudades.
Pegou a primeira carona na estrada das ilusões
foi parar dentro de si mesma
que, embora vazia,
parecia transbordar.
Ela, que fora mulher de sorrisos,
fugiu do seu cruel paraíso
de sonhar.


Nenhum comentário: