sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Doze de agosto

Quando eu falo que já é tarde pra lembrar,
Que de nós dois eu só preciso esquecer,
Lamento pelo tombo que a vida quis nos dar
Que dos meus braços me tirou você.
Logo quando eu me distraí com as luzes dos teus olhos
Eu não vi que não havia sorriso nos seus lábios
Secretos, discretos, famintos.
Olhos que não mentiam, mas eu minto.
Eles apenas me revelavam aonde eu quis deitar
No azul do céu, nas nuvens,
No plano que nos pertence... Quiçá.
Senti-me inútil ao ver que nem os anos,
Nem mesmo a vida conseguiu nos prender.
Cada palavra, agora eu tenho medo de ter sido engano,
De nunca ter tido você.
Não sei o que sentiu,
Mas se partiu, nunca irei saber.
Dentre o céu de estrelas mil
Só me faz falta a luz que vem de você.

Foste.
Foi.
Aqui estou.

Dentro do peito um amor afago,
Na mente a lembrança das asas que me cobriram
E na boca, um sorriso dobrado
Na vida, os sonhos que a nós pertenciam.
E agora na vontade,
Só me resta aquele desejo secreto.
Saudades apenas, apenas saudades
E a sensação de te ter sempre perto.

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