sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Onze de agosto

Talvez as moscas me soem como pássaros
E eu veja nosso castelo erguido ao fim dos dias
Roubaram-me o silêncio e por descompasso
Esconderam-te de mim, minha alegria.
- E era bela a manhã que vinha! Já anunciava o sol.
E talvez no jantar de mim você nem se lembre
Fui apanhada pelo mais arisco anzol
E entre as iscas nada impede que a saudade aumente.
E eu só quero lembrar-me de ti
Até que o sol se ponha eternamente.
E mesmo na escuridão e no frio dos pagãos
Serei seu milagre, arco-íris depois da chuva.
Cantarei o tempo que nos eterniza
E a eternidade que em nós nada muda.
Mesmo que haja pouca brasa,
E que nossas testemunhas nos condenem
Serei sua como o avião da asa,
Pois é a falta que este amor teme.
E eu perdôo suas faltas cruéis
Sou pequena demais diante do eterno laço que criamos,
Mas se procurar o que sinto, lá estará a pilha de papéis
Palavras são as provas do quanto te amo.

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