segunda-feira, 27 de junho de 2011

Vinte e seis de junho

Se vai chover, teu rio corre para longe
meus pingos descem, lágrimas do céu
nos esquecemos aos poucos que a correnteza
não nos perdoa.
Se a consciência se cala, a voz ecoa
nossas palavras se perdem, 
saem sem rumo
esbarram em nossos peitos, já tão doloridos
é que o som da tua voz, calando o que fomos nós
chega a zombar do meu ouvido.
Ah, tamanho despropósito 
trovejar sem medo,
deixar teu raio em minha vida tocar.
Aonde foi que meus olhos deixaram-te mudar
em que esquina foi que a gente derrapou?
Lamento pela chuva aqui dentro
que já não consigo secar
já não sei se quero encontrar 
o que a água levou.

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