terça-feira, 21 de junho de 2011

Dezoito de junho

Em toda canção tua voz ecoa,
bem como um pássaro que sobrevoa meu telhado
nas noites frias, nas manhãs amenas
nessa vida pequena sem você ao lado.
Há em mim o tamanho vazio do teu bater de asas
que, feito brasa,
incendeia meu peito que sofre, tão quieto
pela falta de não tê-lo por perto.
Você já aprendeu a amar o vento?
Onde segurar se teu sopro me move
mas não me prende?
De onde veio se já não sabe para onde voltar?
O teu caminho e minha rota se esbarram
porque meu céu é teu abrigo e os meus olhos são teu guia.
Embora eu sinta apenas o vento do teu bater de asas
seja pela noite que passa
ou pelo dia.

Nenhum comentário: