Em toda canção tua voz ecoa,
bem como um pássaro que sobrevoa meu telhado
nas noites frias, nas manhãs amenas
nessa vida pequena sem você ao lado.
Há em mim o tamanho vazio do teu bater de asas
que, feito brasa,
incendeia meu peito que sofre, tão quieto
pela falta de não tê-lo por perto.
Você já aprendeu a amar o vento?
Onde segurar se teu sopro me move
mas não me prende?
De onde veio se já não sabe para onde voltar?
O teu caminho e minha rota se esbarram
porque meu céu é teu abrigo e os meus olhos são teu guia.
Embora eu sinta apenas o vento do teu bater de asas
seja pela noite que passa
ou pelo dia.
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