quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Seis de outubro

Distante demais da perfeição daquelas luzes
vi algo sobrevoar a imensidão azul do infinito
como se algo distinto
olhasse para mim,
 reconhecendo-me.
Antes que o brilho daqueles olhos me invadisse,
virei meu rosto para ver o sol dormir.
Recostando no horizonte, fez-se janela ao longe,
beirando a noite que haveria de surgir.
Tive a leve impressão de sentir um toque,
magistralmente, acordei em mim
quando tornei a sonhar, esbarrei nas flores,
nos doces amores que já vi partir.
Voltando o rosto ao seu lugar primeiro,
senti o travesseiro a me cobrir
Se te perco de vista, eu me solto da isca,
Não podes mais me distrair.

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