quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Cinco de outubro

Indiscreta, em linha reta
tua pose se desmanchava como o pôr do sol no horizonte
ah, e quantas vezes teria que repetir aquele poema salgado
com cheiro de água do mar?
Veja, meu bem, tenho os defeitos que você me deu
a minha lápide você lustrou até o ponto que pode
e eu morri de estar vivo, fui aclamado rei
para coroar teus labirintos de mentiras
Aos poucos, sobrou de nós mera neblina
canção que se perdia no tempo e no espaço
perdida, já não sei fazer-te rimas
e teu caminho não sou mais eu que traço.

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