segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Quatorze de outubro

Distante demais,
os pássaros vão
a voz se distrai no vácuo
a solidão brinda à companhia da lua
E não há mais teu formato na parede
um borrão escuro, de curvas sinuosas,
nem ao menos o teu perfume de rosa
com tuas pétalas espalhadas pelo chão...
Doce menina, por onde caminha,
será que se sente sozinha pela multidão?
E, sentindo-se ausente,
onde é que escreve o presente
que vive a dar cor, dia após dia?
Saiba, nunca estive tão certo,
e mesmo longe, tão perto
de sua companhia.

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