domingo, 20 de fevereiro de 2011

Dezenove de fevereiro

 Vejo-me morar na sua leve mentira,
saborear as tuas velhas histórias.
Já que elas não terão um fim que me inclua,
e essa escura rua é nossa única memória.
Por final, seremos apenas isso que vejo,
pequenos enfeites empoeirados na estante
arranjos de flores artificiais.
Ah, mas como a gente tem murchado aos poucos!
 A noite vem calada, cantando pelos lados o tempo que ecoa
que se levanta sem o menor sentido,
já que, meus ouvidos, 
não escutam a mesma pessoa.
Tão fresca, a noite se esconde nos sonhos que parecem envelhecer,
Sinto muito, 
mas já não sei dos teus passos,
É tarde demais para amanhecer.

Um comentário:

Anônimo disse...

É tarde demais pra amanhecer.... Lindo!!