quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Quatro de novembro

Vi dois barcos a perderem-se no horizonte
a curvar-se em minhas vistas, banhando-se no infinito
vi o que há de mais bonito, a namorar o sol,
que se punha aos poucos
como se espreguiçasse.
No mar dos teus olhos, vi-me chegar depressa
carregando comigo a alma leve que abriga
este meu corpo pesado do cansaço da vida
da oscilação das marés.
E por ser quem tu és, deste jeito,
mergulho em cada palavra
faço de tuas profundezas, a minha morada
encontro-me naufragada no teu peito.

Nenhum comentário: