segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Dois de novembro

Não há motivo maior que o que sinto
de não poder te deixar ir embora com o vento forte
tu, que foste minha sorte, ou a falta dela
eu que, ainda valente, chorava de medo...
Amei-te em voz alta, gritei sem segredo
escancarei para o mundo as borboletas ingênuas que alimentei
e dentro de mim, floresceu um jardim
as margaridas mais belas não sabem que as arranquei.
E quando o perfume cessa, ora por acaso da vida
ora por dor que o atinge,
me vejo no ponto em que estive
só, com as estrelas.
E pela beleza que um dia tive,
teus olhos a despencarem dos meus
já não existe o dia, o sol que nos ardia
restou-me a companhia deste breu.

Nenhum comentário: