sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Vinte e nove de novembro

Como vou te lembrar,
se fizestes questão de apagar as palavras
que, ainda suaves,
cantavam dentro de mim a sua existência?
Qual o preço desta penitência
em te amar por quem tu não és
de te ver ao revés
de ser tua e não ser?
Meus olhos, perdidos vão pelo espaço,
do inteiro que fui, só restou-me um pedaço
chamado querer.

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