terça-feira, 27 de setembro de 2011

Vinte e um de setembro

Manhã quente, de quente sorriso
te pinto ao olhar o infinito de um horizonte pelo vidro gelado
teus olhos, ainda parados, fitavam-me em segredo
e eu tive medo de congelar-me neles.
Peguei carona na sua névoa colorida
entreguei-te minha vida,
amuleto do acaso.
Me fiz em milhões de pedaços e esperei que tu montasse-me
como um mosaico de luz
um anjo de neve num verão cortante.
Teus olhos, ah... Eles apenas falavam
aquilo que minha boca conseguia ver esbarrar na sua
que nossas almas, leves como um canto, voavam
que nossos sonhos amavam nossa vida tão nua.

Nenhum comentário: