terça-feira, 27 de setembro de 2011

Vinte e seis de setembro

Já não tão longe, ouço teus passos ao cruzar a sala
a rodear o lustre, a lustrar o chão com seus sapatos escuros
a devolver-me o mundo roubado
a sapatear no meu telhado de vidro.
Você já se sentiu sozinho enquanto procurava abrigo?
E teu corpo, já levitou ao ar para te ver de cima?
Eu, um devaneio atrás do outro, a saudade do velho gosto
ao imaginar que o teu rosto vagava em minha sala vazia.
Eu, um maremoto de sentidos,
um velho porto, um sonho antigo
a minha própria companhia.

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