terça-feira, 27 de setembro de 2011

Vinte e quatro de setembro

Além dos teus atos,
bem acima de sua consciência cinzenta,
eu guardei um álbum de retratos
na gaveta empoeirada pelo tempo.
- Sem ressentimento, dizia
No apartamento, a luz luzia
pela brecha dos teus olhos, eu via o dia
lamparina gigante e amarela no céu -
O sol, aos poucos teu contorno esculpia
e meus olhos, atentos te cercavam sem pudor
nesta dança de saudade, minha vida emudecia
perdia o passo, não noto mais a melodia
de cantar-te meu amor.

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