sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Vinte e nove de setembro

De tão silencioso, nosso sonho gritou ao infinito
tinha sede de acontecer, como um filho na barriga do mundo
sendo gerado a cada instante pelo tempo.
Com seus erros discretos, aprendi a corrigir os meus
a embalar presentes e desabotoar as roupas
a cantar no vento e esperar que o som volte aos meus ouvidos
como pássaros no céu.
Destino amado, um traço cruel
de não saber onde pousar tuas asas de ferro
de não voltar para aquele que eu espero
de não ver a porta se abrir ao amanhecer
num dia preguiçoso que se encolhe.
Sonhado amor, um brado ecoado
teu gosto, que fora o meu pecado
hoje é veneno que me escorre.

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