sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Primeiro de setembro

Vestiu-se calada com as estrelas da noite,
Saiu sem dizer uma palavra e foi dançar com o vento
Esbarrando de olhar em olhar
Sem poder adentrar
num pensamento.
Rodando de mesa em mesa à procura
De algo que talvez nada simbolizasse
Foi esbarrando de cadeira em cadeira
Sem que ninguém a notasse.
E, de repente, talvez num repente assim
Tornou-se nota da música que tocava ao fundo
Sentou-se num canto qualquer, olhando pra dentro de si
Avistou o mundo.