terça-feira, 6 de setembro de 2011

Quatro de setembro

Triste, teu olho atento vaga no escuro
no vão que deixei das palavras que não disse
e se o nosso pobre sentimento já não existe
ensinei-o a pedir esmola do tempo.
E o que nos resta? Sentar nesta calçada suja de rotina
amargar a matinal e cruel neblina
a esbarrar com nosso sono profundo
Pois nem tudo que morre desaparece do mundo
como magia, pó de sumiço
como se não bastasse a tua ausência em noites frias
tenho que conviver com tua ausente companhia
em cada parte de ar que respiro.
Tua memória enlaçou-se a minha
e mesmo hoje, sentada no chão, sem companhia
pela tua lembrança é que vivo.

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