terça-feira, 20 de setembro de 2011

Dezesseis de setembro

Quis escrever um poema pequeno numa tarde enorme
o sol que se punha, preguiçoso, pelas lacunas das persianas
deixava o rastro de vida a espalhar-me no tempo
a abrigar o vento pela noite que dava luz às estrelas
Pus no poema um punhado de dor que estanquei de mim
como uma fruta arrancada do pé
ainda verde, mas sem cor
Pus no meu sonho um pouco menos de fim
deixei escapar o que já não é mais assim
aprendi que se rega o amor.

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