terça-feira, 2 de agosto de 2011

Primeiro de agosto

Ai, de um tempo que morre
e na vida se cala
o silêncio doce de um precipício de olhares
E já não nos cabe amar
se nosso amor nos invade
e feito flecha, se lança ao longe, se esconde nas brechas
se entrega aos poucos à loucura das ruas
a embriaguez de um sentimento.
Ai, desse coração que bate pela luz da lua
que espera o dia nascer para resguardar-se no calor do sol
e, pegando carona na névoa fria das noites,
encontra nas auroras teu principal sentido
Amar é esquivar-se da morte indo por seu mesmo caminho
e saber que se morrerá estando vivo.

2 comentários:

pierrotmaltrapilho disse...

voce se lê tambem ou apenas solta suas palavras feito balões?

Anônimo disse...

Que lindo, incrível.