quinta-feira, 7 de julho de 2011

Três de julho

Eu não quero falar de você enquanto o sol se põe
nem relembrar as coisas que você me dizia quando ele nascia
porque, ao acordar, estarei em meio a névoa desta inútil saudade
e na presença desta monotonia.
Eu já não quero fugir da tua luz ofuscante
e ter que berrar para o mundo o que eu sou sem você
- Imóvel, decoração da estante
e é tão redundante
eu não ser por não mais o ter.
Eu não espero o pão quente nas manhãs
e os pés frios nas noites de chuva
o relógio parado no quarto, passando os segundos
mostra-me que o tempo não muda.

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