domingo, 10 de julho de 2011

Sete de julho

As folhas secas no chão me lembram o que já não é,
as feridas que curei ao me manter de pé,
a gente espera pausas de um mundo que não pára.
Os meses correram como um rio,
e eu pus o meu navio a zarpar sozinho
e as águas que passam fazem carinho
em meu vão destino.
E vou seguindo por onde minha fé se encontra
com a louca vontade de deixar de ser
aos poucos, a maré me leva para outra ponta,
e, ainda tonta,
vejo você.


Um comentário:

Fabio Dias Rezende disse...

Mais uma obra de arte! Maravilhosa poesia. É um imenso prazer, poder ler estes versos! Até mais, Mariana