terça-feira, 12 de julho de 2011

Nove de julho

Guardei meia dúzia de respostas e pus nos punhos;
dilacerado, meu peito parecia guardar o mundo
e aguardar o mundo se pôr como o sol,
como minhas pálpebras cansadas.
De esperar por tudo, já não espero nada;
Atravesso as calçadas com a rosa dos ventos na mão
apontado para qualquer direção
em que eu me perca.
De alma leve e desequilíbrio constante,
vou me montando e dilacerando pelos instantes
da sutil maneira em que me interfiro, 
que me mostro vir de minhas próprias entranhas
e que me firo e me curo
que me afogo no futuro 
de minhas próprias artimanhas.


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