domingo, 17 de julho de 2011

Doze de julho

Eu não sei, meu Deus, aonde foi
que guardei minha vida para depois;
as plantas murcharam na terra,
as lágrimas secaram nos olhos
e a banda segue em frente sem o meu tocar.
Toda partida é chegada, é entrada de sonhos
sejam unidos ou findados
da pureza ou do pecado
de saber deixar-se ir...
Somos a origem do passado,
o futuro que nos pede para prosseguir.
E se eu, Deus meu, não souber mais cantar
e o som desse ar for mais alto que a minha voz
entenda que já posso os deixar, 
sem mais dilemas,
e a minha vida vai ficar no infinito das letras
do fundo da minha gaveta
nesses poemas.

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