domingo, 17 de abril de 2011

Quatorze de abril

Por cada mão vazia,
um peito transborda de falta.
Por cada sonho esgotado
um transporte parado,
limões para o alto.
Você não vê além daquela retina,
a beleza de menina
limpa em trajes tão sujos?
Você não nota que por trás dessa ruína
há um silêncio que esconde
o seu maior barulho?
Que é a força de viver entre faixas de pedestres,
sendo filha do tempo, mesmo sem pai,
que aprendeu a rezar sem fazer prece.


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