domingo, 30 de janeiro de 2011

Trinta de janeiro

Eu jamais saberia
que tu entrarias na minha vida como uma represa rompida.
Que ficarias por cima da velha ferida como uma mosca,
atravessando meus sentidos de forma que, ao cair da noite,
seria a única companhia de quando estou só.
E eu jamais saberia que tuas mãos estariam sob meu vestido
e que tuas palavras soprariam em meu ouvido
as coisas que eu jamais saberia ouvir.
E, de fato, arrancarias meus medos,
abrigarias os segredos que eu já não temo contar.
E que sentiria a dor de quando estou perdida,
E que passaria uma vida
pra me encontrar.
E eu jamais imaginaria
que tu me embriagarias com meus próprios venenos.
E que nosso amor, ainda pequeno
cresceria de forma que andaria só.
Transformaste os dias em noites,
O silêncio em canção,
E o passado em pó.

Um comentário:

Anônimo disse...

Uau, que lindo isso Mari... Sensibilidade sobrando por aí hein mocinha! Mas de fato, é incrível como essas coisas mexem conosco a ponto de nos fazer perder no tempo, a ponto de mexer com os nossos animos a ponto de nos tomar o controle... Perfeito, beijos do Milianos, um moço que admira seu trabalho! Meu prazer em ler-te sempre!